Panorama internacional

Suécia não exclui classificar parte dos materiais da explosão nos Nord Stream

Além disso, o Ministério Público da Polônia negou veementemente que o país seja de alguma forma responsável pelos ataques aos gasodutos.
Sputnik
Alguns materiais relacionados à investigação dos ataques terroristas aos gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte) podem se tornar confidenciais, disse à Sputnik o serviço de imprensa da promotoria da Suécia.
"Se for feita uma acusação, alguns dos materiais da investigação provavelmente serão tornados públicos. Em geral, o promotor na Suécia também pode decidir que algumas partes devem permanecer confidenciais", explicou ele na quinta-feira (22).
No entanto, se a investigação for interrompida, nenhum material será tornado público, mas todos poderão solicitar informações por meio de um tribunal, da polícia ou da promotoria, acrescentou a entidade.
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Nesta quinta-feira (22) o Ministério Público da Polônia também declarou que o país não foi cúmplice na sabotagem dos gasodutos, conforme indicado pelo jornal norte-americano Wall Street Journal em 10 de junho.
"A declaração de que 'a Polônia era um centro logístico para a operação de explosão no Nord Stream' é completamente falsa e não é apoiada pelas evidências da investigação", disseram os promotores em um comunicado, acrescentando não haver provas que sugiram que cidadãos poloneses tenham participado da explosão dos Nord Stream.
As explosões nos gasodutos Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) e Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) da Rússia foram detectadas em 26 de setembro de 2022. De acordo com a Nord Stream AG, a operadora dos gasodutos, o acidente não tem precedentes e é impossível estimar o prazo para reparos. O Kremlin descreveu o acidente como um ato de terrorismo internacional, e expressou a vontade de que o processo de investigação avance.
Embora não tenha ficado imediatamente claro quem estava por trás desse ato de sabotagem, o jornalista investigativo Seymour Hersh nomeou em fevereiro de 2023 o governo dos Estados Unidos como o autor do ataque.
Citando fontes familiarizadas com o planejamento desta operação, Hersh afirmou que mergulhadores da Marinha dos EUA plantaram os explosivos nos gasodutos no verão de 2022 com a ajuda da Noruega e que as cargas foram detonadas remotamente três meses depois para evitar suspeitas.
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