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Mídia: novos acordos entre Alemanha-EUA farão de Washington o maior fornecedor de GNL para Berlim

A Alemanha assinou um segundo contrato com duração de duas décadas nesta semana para importar mais gás natural liquefeito dos EUA, enquanto o país europeu se distancia cada vez mais da energia russa.
Sputnik
Nesta semana, a Securing Energy For Europe (SEFE) – empresa nascida da nacionalização alemã da estatal russa Gazprom – comprará 2,25 milhões de toneladas anualmente durante 20 anos do gás super-resfriado da Venture Global LNG, uma desenvolvedora norte-americana de localizada no golfo do México.
Segundo Egbert Laege, executivo-chefe da SEFE, o negócio marca "outro passo importante em nossa missão de garantir energia para os clientes europeus" e "contribuirá para uma maior diversificação e sustentabilidade" dos suprimentos do continente.
Já o executivo-chefe da Venture Global, Mike Sabel, elogiou a "parceria estratégica" com a Alemanha, dizendo que sua empresa estava "honrada em apoiar um importante aliado dos EUA".

O acordo é o segundo de 20 anos da Alemanha com a Venture Global, após um de 2 milhões de toneladas por ano pela concessionária alemã EnBW. Os negócios assinados farão da empresa norte-americana a maior fornecedora de GNL do país europeu, de acordo com o The Financial Times.

As exportações do combustível dos EUA para a Europa dispararam no ano passado à medida que a crise energética se aprofundava e os preços do gás subiam, com embarques de mais de 40 milhões de toneladas aliviando a escassez de oferta.
O Estado alemão, que passou décadas construindo seu setor industrial com a parceria russa, foi especialmente exposto a perdas com a política de sanções da União Europeia e as misteriosas explosões no ano passado que demoliram partes do sistema de gasodutos Nord Stream da Rússia.
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A mídia relembra que apenas algumas semanas após o começo da operação russa na Ucrânia, o presidente dos EUA, Joe Biden, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciaram um pacto estratégico sob o qual as empresas da UE procurariam garantir mais demanda por GNL estadunidense.
O jornal também acrecenta que os 48 estados dos EUA só começaram a produzir GNL em 2016, mas os projetos da costa do golfo em construção de empresas como Cheniere, Venture Global e ExxonMobil farão do país o maior exportador mundial de longe.
Os exportadores norte-americanos assinaram contratos para fornecimento futuro no valor de mais de 70 milhões de toneladas ao ano desde o início de 2021, de acordo com a S&P Global citada pelo Financial Times.
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