O "plano ambicioso de estabelecer um sistema unificado de comando centralizado para as Forças Aéreas suecas, norueguesas, finlandesas e dinamarquesas, depois que todos os países nórdicos se juntarem à OTAN, visa fortalecer a defesa aérea da aliança na região.
A intenção de fundir as forças aéreas suecas, norueguesas, finlandesas e dinamarquesas foi anunciada pela primeira vez em março deste ano, segundo o artigo.
Embora planos semelhantes estejam sendo considerados desde meados da década de 1990, o status da Suécia e da Finlândia, que não eram membros da OTAN e usavam seus próprios sistemas de comando e controle diferentes dos padrões da aliança, não permitiu que essa ideia fosse colocada em prática.
Mas agora a situação mudou. E as autoridades dos quatro países escandinavos planejam criar um sistema de comando centralizado que permita o uso de um sistema de controle unificado para cerca de 250 aeronaves de combate, relata a Foreign Policy.
Esta ideia tornou-se relevante depois que a Finlândia foi admitida na OTAN e a Suécia está esperando por sua vez, tendo o ex-secretário-geral-adjunto da Aliança Atlântica, Camille Grand, explicado que "agora você tem um grupo muito, muito mais coerente no Norte".
Para tal "aliança dentro da aliança" há certo precedente histórico, diz-se no artigo. Finlândia e Suécia antes mesmo da adesão oficial à OTAN participaram de operações aéreas conjuntas sob a liderança da Aliança Atlântica.
Em particular, a Força Aérea sueca participou da operação aérea liderada pela OTAN em 2011 sobre a Líbia e Finlândia esteve envolvida no exercício massivo Air Defender, que teve lugar no início deste mês.
Além disso, a união assim poderia ajudar a OTAN a compensar as lacunas na cobertura aérea da região do mar Báltico, dado que a Estônia, a Lituânia e a Letônia têm forças aéreas muito mais modestas e, nas últimas duas décadas, contaram com o apoio da aliança como parte da missão de patrulha aérea.
Ao mesmo tempo, os especialistas alertam que, ao tentar implementar planos para unificar sua força aérea, os países escandinavos podem enfrentar alguns problemas relacionados aos padrões da OTAN.
O fato é que a Finlândia e a Suécia não tiveram que levar seus exércitos totalmente aos padrões da OTAN ao se candidatarem para se juntar à aliança, então eles têm muito trabalho a fazer.
"Os suecos e os finlandeses terão que integrar a postura de defesa aérea e de mísseis, todo o policiamento aéreo da OTAN. Essas foram precisamente umas das poucas coisas que não estavam realmente abertas aos parceiros. Então é aí que eles têm uma grande curva de aprendizado", destacou Grand.