A mídia britânica relata que a Marinha dos EUA está encobrindo níveis perigosos de resíduos radiativos em um antigo lote de estaleiro, de 16 hectares, na cidade de São Francisco.
O disputado terreno, que deve ser entregue à cidade em 2024, pode ser utilizado para a construção de prédios residenciais.
Contudo, um grupo de ativistas denunciou que testes realizados no local em 2021 detectaram 23 amostras com altos níveis de estrôncio-90, um isótopo radioativo que substitui o cálcio nos ossos e provoca câncer.
A mídia também destaca que a Agência de Proteção Ambiental alertou sobre as detecções, porém foi ignorada pela Marinha americana.
Posteriormente, o governo americano afirmou ter feito novas análises no local, e que não teria detectado nada de anormal.
"Sem qualquer exame externo, os oficiais superiores da Marinha podem mentir para as autoridades locais e para o público impunemente, sabendo que não haverá consequências negativas para sua carreira", afirmou Jeff Ruch, um advogado da organização de proteção ambiental sem fins lucrativos.
Em 2022, o estaleiro foi um laboratório secreto de pesquisa da Marinha, em que foi injetado estrôncio-90 em animais. Funcionários também sugerem que o lixo tóxico tenha sido dispersado pelo ralo, o que poderia acarretar um grande risco ambiental.
O isótopo utilizado pela Marinha americana pode ser usado para criar uma pintura que brilha no escuro, e possivelmente tenha sido utilizado nas embarcações para testar bombas nucleares no Pacífico.