Ciência e sociedade

Fóssil de 1,5 milhão de anos revela matança e possível canibalismo (FOTOS)

Uma análise de um osso humano de 1,5 milhão de anos, que inicialmente os especialistas acreditavam que tivesse sido mordido ou mastigado por um animal, revelou marcas feitas por um instrumento de pedra, surpreendendo a todos.
Sputnik
Um artigo publicado na segunda-feira (26) na revista Scientific Reports descreve a descoberta do que pode ser o exemplo mais antigo de ancestral humano vítima de antropofagia, um conceito diferente do canibalismo.
Uma análise de um osso humano de 1,5 milhão de anos, que inicialmente os especialistas acreditavam que tivesse sido mordido ou mastigado por um animal, revelou marcas feitas por um instrumento de pedra, surpreendendo a todos
Antropofagia é o consumo de carne humana por outros humanos, porém nem sempre da mesma espécie de humano.
As marcas foram descobertas em uma tíbia encontrada há mais de 50 anos no Quênia, datada de 1,5 milhão de anos, na fase inicial do Pleistoceno.
A análise realizada pela paleoantropóloga Briana Pobiner, do Museu Nacional de História Natural do Instituto Smithsonian, nos EUA, indicou que as marcas encontradas no fóssil foram feitas por ferramentas de pedra.
Uma análise de um osso humano de 1,5 milhão de anos, que inicialmente os especialistas acreditavam que tivesse sido mordido ou mastigado por um animal, revelou marcas feitas por um instrumento de pedra, surpreendendo a todos
A especialista observa que o golpe é semelhante ao usado para dilacerar a carne e preparar uma refeição.

"As informações que temos indicam que os hominídeos provavelmente estavam comendo outros hominídeos há pelo menos 1,45 milhão de anos", afirmou Pobiner.

O estudo também revelou que nove das 11 marcas no osso eram marcas inequivocamente de corte, enquanto outras duas eram marcas de dentes, semelhantes aos de um leão.
Apesar de haver outras hipóteses, como rituais de sepultamento, a especialista também não descarta o canibalismo.
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