Segundo a notícia, a mídia obteve a gravação de áudio da reunião em julho de 2021 em Bedminster, Nova Jersey, quando Trump já não era presidente.
A reunião contou com a presença de pessoas que estavam trabalhando nas memórias do ex-chefe do gabinete da Casa Branca Mark Meadows e dois de seus funcionários.
Foi relatado que Trump, na época, estava furioso com um artigo da revista The New Yorker sobre o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Mark Milley, que dizia que o general era contra atacar o Irã e estava preocupado por Trump poder desencadear um conflito em grande escala.
Na gravação de áudio, Trump tenta provar às pessoas que ele não era o autor dos planos de ataque ao Irã, mostrando documentos confidenciais sobre o plano desse ataque.
"Ele disse que eu queria atacar o Irã, não é incrível?", diz Trump diz enquanto é ouvido o som de papéis sendo folheados. "Tenho uma grande pilha de papéis, essa coisa acabou de surgir. Veja. Era ele [Mark Milley]. Eles me apresentaram isso [...]. Era o Departamento de Defesa e ele [...]. Isso foi feito pelos militares e entregue a mim", diz Trump a seus interlocutores.
Depois, Trump admite que os documentos que ele está mostrando estão classificados, e ele como presidente "podia tê-los desclassificado", mas eles ainda são secretos.
"Agora temos um problema", responde uma funcionária rindo.
Anteriormente, em Miami, foi realizada uma audiência durante a qual as autoridades processaram Trump e seu assessor Walt Nauta por 38 acusações de manuseio indevido de documentos confidenciais e obstrução da justiça.
O próprio ex-chefe de Estado recusou se declarar culpado de qualquer uma das acusações.
O tribunal liberou o político e seu assessor incondicionalmente, não estabeleceu fiança e não impôs restrições a seus movimentos, inclusive viagens ao exterior.
Em seu primeiro comentário sobre o incidente, Trump chamou-o de "um dos dias mais tristes" da história dos EUA. A punição para as acusações pode ser de até 400 anos de prisão.