Panorama internacional

'Comportamento provocativo' dos EUA com Taiwan cria mais tensões nas relações sino-americanas

Logo depois que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visitou a China em uma aparente tentativa de consertar as relações entre Washington e Pequim, uma grande delegação de legisladores norte-americanos chegou a Taiwan em um movimento que provavelmente não vai ser considerado positivo pelo governo chinês.
Sputnik
A delegação do Congresso dos EUA, a maior dos últimos anos, foi liderada pelo deputado republicano Mike Rogers, presidente do Comitê de Serviços Armados da Câmara, responsável pelo financiamento e supervisão das Forças Armadas dos Estados Unidos.
O comentarista das relações China-Taiwan, Dianlong Bi, disse à Sputnik que os Estados Unidos vão continuar fortalecendo seus laços militares com a ilha e perseguindo a política de conter a China.
Dianlong Bi descreveu a visita da delegação norte-americana como um reflexo da falta de liderança do presidente dos EUA, Joe Biden, acrescentando que esse movimento basicamente mostra que os Estados Unidos não estão realmente comprometidos em facilitar as "relações através do estreito" (ou seja, relações entre a China continental e Taiwan) e ao cumprimento do princípio Uma Só China.
Segundo ele, é improvável que esse "comportamento extremamente provocativo dos Estados Unidos" ajude a melhorar as relações sino-americanas, mas sim "leve a mais tensão" entre Washington e Pequim.
"Recentemente, uma aeronave militar do Exército de Libertação Popular chinês apareceu no espaço aéreo ao redor da Ilha de Taiwan, o que é um sério alerta para o conluio entre as autoridades da província de Taiwan e os Estados Unidos, e também marca que os Estados Unidos perderam completamente seu papel na mediação e facilitação das relações através do estreito", disse Dianlong Bi.
O comentarista sugeriu ainda que a China "avançará no processo de reunificação em seu próprio ritmo e à sua maneira, e responderá a atos provocativos que minem as relações sino-americanas e através do estreito".
Após a Revolução Chinesa e a criação da República Popular da China em 1949, os remanescentes do governo da República da China de Chiang Kai-shek fugiram para a ilha de Taiwan.
Desde então, Taiwan se autodenomina a República da China, enquanto Pequim afirma que a ilha é uma província da República Popular da China e que a soberania chinesa sobre Taiwan é indiscutível.
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