Os drones que voaram para o Camboja podem ter sido lançados do território vietnamita por terroristas apoiados pelos EUA, disse um renomado especialista militar chinês à Sputnik.
Hun Sen, primeiro-ministro do Camboja, enviou na quarta-feira (28) 500 soldados com 200 unidades de defesa antiaérea para a fronteira entre o Camboja e o Vietnã, com ordens de abater drones "misteriosos" que voavam para o Camboja.
Qin An ainda não vê possível determinar exatamente de quem eram os drones, mas sublinhou que já havia vídeos que indicavam que os EUA poderiam ter lançado os drones para causar estragos na região.
"Isso é especulação, mas esse tipo de coisa é do interesse dos políticos norte-americanos que buscam criar o caos, que querem que os próprios Estados [Unidos] estejam seguros, mas os EUA continuem usando métodos inescrupulosos para desviar o fluxo de capital de volta ao país", acrescentou Qin An.
Ele disse que o general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, disse anteriormente que Washington precisava usar drones e tecnologia de inteligência artificial para obter uma nova vantagem sobre o Exército de Libertação Popular (ELP) da China, "então é bem possível que drones controlados [por alguém] possam ter entrado no Camboja vindos do Vietnã", acrescentou o especialista.
O analista vê como pouco provável que o governo vietnamita esteja por trás do incidente, e que, portanto, é lógico acreditar que terroristas poderiam ter estado por trás do ataque, mas também é importante entender quem está por trás disso.
"Os EUA cooperam com todo o tipo de terroristas e até colaboraram com bin Laden, então a mudança de foco dos terroristas em território vietnamita para aqueles que têm os Estados Unidos por trás tem mérito, dada a [experiência de] cooperação dos EUA com terroristas", avaliou o especialista chinês.
Ele acrescentou que, se realmente foram os EUA que fizeram isso, a China deveria ficar atenta, pois o incidente ocorreu em um país vizinho da China e, além disso, "o equipamento não tripulado é uma ferramenta para os EUA obterem vantagem sobre o ELP".