O parlamento da Hungria adiou na quarta-feira (28) a ratificação da proposta de adesão da Suécia à OTAN para sua sessão legislativa de outono, relata a agência norte-americana Associated Press (AP).
Agnes Vadai, legisladora do partido de oposição Coalizão Democrática da Hungria, escreveu na quarta-feira (28) que Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, e seu partido governista Fidesz não agendariam uma votação sobre a adesão da Suécia durante sua última sessão da primavera europeia na próxima semana. Outro legislador da Coalizão Democrática também confirmou que a votação seria adiada.
O novo adiamento praticamente garante que o país não se juntará à aliança militar antes ou durante sua cúpula em julho.
Expressando vontade de ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a Suécia, juntamente com a vizinha Finlândia, abandonou sua neutralidade militar de longa data em maio de 2022, tendo a Rússia começado uma operação militar especial na Ucrânia em fevereiro desse ano.
A Hungria continua sendo o único país-membro da OTAN, além da Turquia, que ainda não aprovou a proposta de adesão da Suécia à aliança.
O governo de Orbán critica a Suécia por dar "mentiras flagrantes" sobre a condição da democracia da Hungria, o que, segundo ele, deixou alguns legisladores inseguros quanto ao apoio à proposta de adesão, notou a AP.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da Aliança Atlântica, revelou na segunda-feira (26) que convocaria uma reunião urgente nos dias seguintes para tentar superar as objeções turcas à adesão da Suécia à OTAN. Trata-se de um último esforço para que o país nórdico participe ao lado dos aliados na próxima cúpula de OTAN em Vilnius, Lituânia, em 11 e 12 de julho.
Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia, por sua vez, disse recentemente que a OTAN não deveria apostar na aprovação do pedido de adesão da Suécia pelo seu país antes da cúpula de 11 e 12 de julho em Vilnius, na Lituânia, porque Estocolmo não entregou os curdos acusados de extremismo por Ancara.