"Já hoje, de fato, a imprensa ocidental está dizendo abertamente que a contraofensiva das Forças Armadas da Ucrânia não passa de suicídio e um completo fracasso do Ocidente. Consequentemente, todos os fracassos no front recairão sobre os ombros de Zelensky, com o qual os EUA estão abertamente insatisfeitos. Dessa forma, a fim de levar a Ucrânia a 'negociações de paz', o Ocidente está agora procurando febrilmente um candidato que não seja marcado por duras declarações antirrussas para substituir Zelensky", disse Azarov no Telegram.
Azarov acrescentou que os EUA querem abertamente congelar o conflito, embora neguem isso. Entretanto, o Ocidente obviamente precisa se recuperar da perda de equipamentos militares, reconstruir a logística e manter pelo menos o mesmo nível de suprimentos de armas e munições.
De acordo com o ex-primeiro-ministro, os Estados Unidos têm mais confiança no prefeito de Kiev, Vitaly Klichko, que já está na lista para substituir Zelensky.
Além disso, o presidente da Suprema Rada (parlamento da Ucrânia), Ruslan Stefanchuk, também pode ser escolhido.
"Além disso, curiosamente, a esposa do presidente, Elena Zelenskaya, está sendo preparada para o cargo de líder nominal", concluiu Azarov.
A ofensiva ucraniana nas linhas de operações a sul de Donetsk, de Zaporozhie e de Artyomovsk (Bakhmut, na denominação ucraniana) começou em 4 de junho. Kiev enviou as brigadas treinadas por especialistas da OTAN e armadas com equipamentos ocidentais.
No entanto, como disse o presidente russo, Vladimir Putin, em 27 de junho, Ucrânia perdeu 259 tanques e 780 veículos blindados desde o início da chamada contraofensiva, enquanto 41 tanques e 102 veículos blindados só na linha de Orekhovo e na linha de Zaporozhie na última semana.
Representantes das autoridades ucranianas também começaram a admitir que o ataque não está ocorrendo de acordo com o planejado.
Por exemplo, recentemente, o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Aleksei Danilov, disse que gostaria de um ritmo mais rápido da contraofensiva, mas isso é possível "apenas em contos de fadas".
Por sua vez, o conselheiro do presidente da Ucrânia Mikhail Podolyak, disse que o ataque das Forças Armadas ucranianas corre difícil e exige muita paciência.