"Sob a liderança do Papa Francisco e junto com ele, nos próximos dias analisaremos o que ouvimos. Por isso, ainda não temos nenhum projeto que possa facilitar o início das negociações. Estamos muito interessados na questão humanitária e na proteção das vidas dos inocentes", disse Zuppi ao jornal Il Resto del Carlino.
O enviado do Vaticano para a Ucrânia destacou que não há um plano de paz ou de mediação, mas há "um grande desejo de que a violência cesse e que vidas humanas sejam salvas, começando pela proteção dos mais pequenos".
Durante uma visita de três dias a Moscou, o também arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana se encontrou com o patriarca Kirill de Moscou e Toda a Rússia, com a comissária presidencial para os direitos da criança, Maria Lvova-Belova, a o assistente do presidente russo para Assuntos Internacionais, Yuri Ushakov, bem como representantes do clero católico.
Como informou a assessoria de imprensa da Santa Sé no dia 30 de junho, Zuppi, em um encontro com o patriarca russo, discutiu "iniciativas humanitárias que poderiam contribuir para uma solução pacífica" do conflito na Ucrânia.
No dia 20 de maio, o diretor da assessoria de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, anunciou que o pontífice havia encarregado Zuppi de realizar uma "missão que ajudará a aliviar as tensões" na Ucrânia.
Além disso, o arcebispo de Bolonha fez uma viagem a Kiev de 5 a 6 de junho, descrita pelo Vaticano como "breve, mas intensa".