"Agora estou esperando uma grande ofensiva da Ucrânia em duas direções — uma em Artyomovsk [Bakhmut, na denominação ucraniana] e outra, maior, em Energodar e Melitopol. Acho que eles prepararam várias dezenas de brigadas e vão romper as defesas russas nessa parte. Não torço por ninguém, mas acho que isso vai acontecer, claro, com um grande número de baixas", disse Vucic à emissora sérvia.
Kiev acredita que a contraofensiva bem-sucedida vai mudar o curso das hostilidades e a Ucrânia receberia com isto um "convite" para ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), acrescentou Vucic.
O presidente sérvio também expressou o medo de que, quando uma nova contraofensiva ucraniana começar, o primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti, lance uma nova rodada de perseguição aos sérvios no norte do Kosovo.
A Ucrânia solicitou adesão acelerada à OTAN em setembro de 2022, após o início da operação militar especial russa em fevereiro daquele ano. O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse em várias ocasiões que a aliança de 31 nações apoiava as aspirações de Kiev, mas não estava pronta para aprovar seu pedido imediatamente, principalmente devido ao envolvimento ativo da Ucrânia em um conflito armado.
A Sérvia ainda não reconheceu a autoproclamada independência do Kosovo, sua antiga província. Uma grande comunidade de etnia sérvia ainda reside no norte do Kosovo, muitas vezes suportando o peso das tensões diplomáticas entre Belgrado e Pristina e protestando contra o que consideram políticas kosovares discriminatórias.