Operação militar especial russa

Vucic acredita que Kiev vai fazer mais tentativas de contraofensivas antes da cúpula da OTAN

A Ucrânia vai tentar intensificar a contraofensiva antes da cúpula da OTAN em julho, na esperança de obter resultados e receber um convite para ingressar no bloco, disse o presidente sérvio Aleksandar Vucic neste domingo (2), acrescentando que também espera uma nova onda de escalada no norte do Kosovo.
Sputnik
"Agora estou esperando uma grande ofensiva da Ucrânia em duas direções — uma em Artyomovsk [Bakhmut, na denominação ucraniana] e outra, maior, em Energodar e Melitopol. Acho que eles prepararam várias dezenas de brigadas e vão romper as defesas russas nessa parte. Não torço por ninguém, mas acho que isso vai acontecer, claro, com um grande número de baixas", disse Vucic à emissora sérvia.
Kiev acredita que a contraofensiva bem-sucedida vai mudar o curso das hostilidades e a Ucrânia receberia com isto um "convite" para ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), acrescentou Vucic.
O presidente sérvio também expressou o medo de que, quando uma nova contraofensiva ucraniana começar, o primeiro-ministro do Kosovo, Albin Kurti, lance uma nova rodada de perseguição aos sérvios no norte do Kosovo.
A Ucrânia solicitou adesão acelerada à OTAN em setembro de 2022, após o início da operação militar especial russa em fevereiro daquele ano. O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse em várias ocasiões que a aliança de 31 nações apoiava as aspirações de Kiev, mas não estava pronta para aprovar seu pedido imediatamente, principalmente devido ao envolvimento ativo da Ucrânia em um conflito armado.
A Sérvia ainda não reconheceu a autoproclamada independência do Kosovo, sua antiga província. Uma grande comunidade de etnia sérvia ainda reside no norte do Kosovo, muitas vezes suportando o peso das tensões diplomáticas entre Belgrado e Pristina e protestando contra o que consideram políticas kosovares discriminatórias.
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