Nesta quarta-feira (5), a Arábia Saudita declarou que a cooperação petrolífera Riad-Moscou ainda está forte como parte da aliança OPEP+, e que ambos os países farão "o que for necessário" para apoiar o mercado, disse o ministro de Energia saudita príncipe Abdulaziz bin Salman.
O país do Oriente Médio e a Rússia, maiores exportadores de petróleo do mundo, aprofundaram os cortes na oferta de petróleo na segunda-feira (3), em um esforço para elevar os preços. No entanto, o movimento apenas brevemente levantou o mercado, segundo a Reuters.
"Parte do que fizemos [na segunda-feira 3] com a ajuda de nossos colegas da Rússia também foi mitigar o lado cínico dos espectadores sobre o que está acontecendo entre a Arábia Saudita e a Rússia neste assunto específico", disse Abdulaziz.
A OPEP+, grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados – incluindo a Rússia, que produz cerca de 40% do petróleo mundial – vem reduzindo a produção de petróleo desde novembro devido à queda nos preços.
O organismo diz não ter uma meta de preço e busca um mercado de petróleo equilibrado para atender aos interesses tanto dos consumidores quanto dos produtores.
"É bastante revelador nos ver na segunda-feira [3] saindo não apenas com nossa extensão [do corte de petróleo], mas também com validação do lado russo", complementou Abdulaziz bin Salman.
Os Estados Unidos, maior produtor de petróleo fora da OPEP+, repetidamente pediu ao grupo para aumentar a produção para ajudar a economia global e criticou a cooperação saudita com a Rússia.
Mas Riad rejeitou repetidamente os apelos dos EUA e o príncipe Abdulaziz disse hoje (5) que novos cortes conjuntos na produção de petróleo acordados por Riad e Moscou nesta semana "provaram novamente que os céticos estão errados".
Um boletim de notícias sobre petróleo divulgado ontem (4) pela agência americana Bloomberg, ao noticiar o corte, provoca: "Quer você acredite ou não, a Rússia cumprirá sua última promessa de cortar a produção e as exportações de petróleo".
Entretanto, as relações russas são baseadas em confiança e não seria diferente com os sauditas, uma vez que Moscou não deixaria de manter sua palavra.