Ontem (4), em uma cerimônia em Buenos Aires, o Brasil recebeu a presidência rotativa do Mercosul por seis meses. Atualmente, o bloco mercosulino conta com Paraguai, Uruguai, Argentina e, claro, Brasília.
No entanto, outros países querem entrar para o organismo, como a Bolívia. Em entrevista à Sputnik, o presidente boliviano, Luis Arce, disse que conta com os esforços de Luiz Inácio Lula da Silva para que La Paz seja um novo membro do Mercado Comum do Sul.
"O camarada Lula prometeu tomar medidas para atingir esse objetivo [da adesão], por isso, confiamos que ele pode impulsionar isso o mais rápido possível e que a Bolívia de uma vez por todas seja parte oficial e formal do Mercosul", disse o presidente na LXII Cúpula de Chefes de Estado realizada no Parque Nacional Iguazú, na província argentina de Misiones.
Arce também afirmou que o mercado boliviano é "grande e temos muitas opções de comércio, principalmente com os países com os quais já comercializamos", o que pode trazer "oportunidades de investimentos entre os países-membros" do bloco.
O mandatário ressalta que o "Brasil é um mercado importante, uma população bastante grande junto com a Argentina", e que com a entrada da Bolívia no Mercosul "podemos realmente nos fortalecer em termos de expansão de mercados e usufruir de tarifas e benefícios que não usufruímos atualmente".
O governo brasileiro já havia sinalizado a intenção de promover o ingresso boliviano no bloco. Em janeiro, também em conversa com a Sputnik, o diretor do Mercosul no Itamaraty, Francisco Cannabrava, comentou que o governo Lula da Silva está "muito interessado" em que La Paz se torne um membro da aliança sul-americana.
O mesmo foi dito pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira, quando o mesmo afirmou que a "ampliação do Mercosul" é importante, acrescentando que a nova administração vai apoiar o retorno da Venezuela ao bloco e a entrada da Bolívia.