As Filipinas acusaram na quarta-feira (5) a Guarda Costeira da China de assédio, obstrução e "manobras perigosas" contra suas embarcações, informou a agência britânica Reuters.
A queixa acontece após um novo incidente próximo ao atol Second Thomas Shoal, no mar do Sul da China, formado por um recife sobre o qual as Filipinas reclamam a soberania por meio de um punhado de tropas que vivem a bordo de um velho navio dos EUA da época da Segunda Guerra Mundial, que foi intencionalmente encalhado em 1999.
Segundo Jay Tarriela, porta-voz da Guarda Costeira filipina, seus barcos estavam auxiliando uma operação naval não especificada na sexta-feira (30), quando foram "constantemente seguidos, assediados e obstruídos por embarcações da Guarda Costeira chinesa significativamente maiores". Ele descreveu como "alarmante" o que ele declarou ser a presença de navios da Marinha chinesa na área.
Enquanto isso, a China comentou na quinta-feira (6) que a Guarda Costeira das Filipinas invadiu suas águas sem permissão.
"As embarcações da Guarda Costeira chinesa realizaram atividades policiais em conformidade com a lei para salvaguardar a soberania territorial e a ordem marítima da China", respondeu em uma coletiva de imprensa Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
Tarriela garantiu que as embarcações filipinas tiveram que reduzir a velocidade para evitar uma colisão, mas Wang afirmou que as ações de Pequim foram "profissionais e comedidas".
A China reivindica a soberania sobre quase todo o mar do Sul da China, com Brunei, Filipinas, Indonésia, Malásia e Vietnã também defendendo a posse sobre diferentes partes do mar.