Após o anúncio dos Estados Unidos nesta sexta-feira (7), a Ucrânia se pronunciou sobre o envio de munição cluster dizendo que isso ajudaria, mas prometeu que as munições não seriam usadas na Rússia.
"A Ucrânia usará essas munições apenas para a desocupação de nossos territórios reconhecidos internacionalmente. Essas munições não serão usadas no território oficialmente reconhecido da Rússia", afirmou o ministro da Defesa da Ucrânia, Aleksei Reznikov, segundo a Reuters.
Reznikov disse que as munições ajudariam a salvar as vidas dos soldados ucranianos, acrescentando que a Ucrânia manteria um registro rigoroso de seu uso e trocaria informações com seus parceiros.
A Rússia já se posicionou ontem (7) após o anúncio norte-americano e prometeu uma "resposta muito dura" à decisão de Washington. Já a chancelaria russa hoje (8), através de sua representante oficial, Maria Zakharova, disse que a ação é mais uma manifestação da agressiva política antirrussa dos EUA.
"A decisão do governo de Joe Biden de fornecer munições de fragmentação ao regime de Kiev é mais uma manifestação flagrante da agressiva política antirrussa dos EUA, que visa prolongar o conflito na Ucrânia o máximo possível e a guerra até 'o último ucraniano'", afirmou o ministério em uma declaração, conforme noticiado.
As munições cluster são proibidas em mais de 100 países. Eles normalmente liberam um grande número de pequenas bombas que podem matar indiscriminadamente em uma ampla área. Aqueles que não explodem representam um perigo por décadas.
A decisão do governo Biden contraria fortes lideranças dentro da OTAN, como a Alemanha, França e Reino Unido, países que se opuseram ao envio de munições de fragmentação, segundo a mídia.