O OMV continuará comprando a maior parte de seu gás da Rússia e não planeja rescindir o contrato de longo prazo com a estatal russa Gazprom, garantiu no domingo (8) Alfred Stern, CEO do Grupo OMV.
"Enquanto a Gazprom fornecer [...] continuaremos recebendo essas quantidades [...] Temos a obrigação, como empresa industrial, de garantir o uso dessas fontes enquanto forem legalmente aceitáveis", disse Stern ao jornal britânico Financial Times.
O CEO do consórcio de energia austríaca também disse que as possíveis sanções ocidentais ao gás russo era uma questão "para os políticos decidirem", mas alertou que "a eliminação de certas fontes também conduzirá a aumentos de preços".
Segundo ele, o OMV não planeja rescindir seu contrato de fornecimento de longo prazo com a Gazprom, que em 2018 foi prorrogado até 2040.
Gerhard Roiss, ex-CEO do OMV, disse no início de junho que a Áustria deveria se preparar para o fato de que o fornecimento de gás russo através da Ucrânia cessaria até o final de 2024, quando o atual contrato de trânsito expirar.
Ao contrário do petróleo, a União Europeia não impôs sanções contra os suprimentos do gás russo após o início da operação militar da Rússia na Ucrânia em fevereiro de 2022, mas a maioria dos países europeus decidiu reduzir tais importações.