As forças terrestres do Irã agora possuem a maior e mais poderosa frota de helicópteros militares no Oriente Médio, de acordo com o comandante da Divisão Aerotransportada da Força Terrestre do Exército Iraniano, Yousef Qorbani.
"Conseguimos realizar operações noturnas de helicóptero offshore e destruir os alvos designados. Também realizamos operações helitransportadas na calada da noite. Os helicópteros iranianos agora apresentam a mesma tecnologia sofisticada encontrada em helicópteros avançados em todo o mundo. Adquirimos a capacidade de voar em condições climáticas adversas", disse Qorbani, falando em coletiva de imprensa em Teerã no sábado (8).
A frota de helicópteros militares do Irã foi armada com mísseis de longo alcance, permitindo ataques pontuais e aumentando drasticamente a mobilidade das Forças Armadas do país, acrescentou o comandante.
Elogiando os trabalhadores e fabricantes da indústria de defesa do Irã por seus esforços para produzir domesticamente uma variedade de componentes de helicóptero, Qorbani revelou planos do Irã para criar um novo "helicóptero nacional", com o trabalho de design já em andamento, uma colaboração entre o Ministério da Defesa e empresas industriais.
As forças de helicópteros do Exército e da Força Aérea do Irã consistem em cerca de 160 aparelhos de ataque e reconhecimento, incluindo o HESA Shahed 285, o IAIO Toufan e o Panha 2091. Esses projetos são inspirados em helicópteros norte-americanos, como o AH-1J SeaCobra e o Bell 206 Jetranger – que Teerã comprou antes da Revolução Islâmica de 1979 e conseguiu fazer engenharia reversa e modernizar.
A frota de helicópteros utilitários do país inclui o HESA Shahed 274 e 278 de fabricação nacional, o Mil Mi-17 de fabricação russa, o italiano Agusta Bell 206 e 212, além do legado Bell 214 norte-americano, Bell UH-1N Twin Hueys e Boeing CH-47 Chinooks.
Novo satélite iraniano
Entretanto, no sábado (8), o porta-voz da Agência Espacial Iraniana, Hossein Daliriyan, anunciou que o novo satélite de imagem de alta resolução Khayyam do Irã, lançado em órbita baixa da Terra em agosto passado do cosmódromo de Baikonur a bordo de um foguete portador russo Soyuz, e se tornou totalmente operacional e iniciou suas atividades de sensoriamento remoto.
"O satélite Khayyam está atualmente tirando imagens de diferentes partes do país como parte dos esforços para implementar o memorando de entendimento. Essas imagens serão utilizadas para enfrentar os desafios legais de cidadãos e instituições públicas em relação às mudanças no uso da terra", disse Daliriyan. "Estamos prontos para oferecer os dados necessários a outras agências estatais iranianas e ajudá-los a resolver seus problemas em vários campos, incluindo monitoramento ambiental, recursos hídricos, erosão do solo e subsistência da terra", acrescentou.
O satélite Khayyam, de 650 kg, tem resolução máxima de um metro e pode enviar imagens quatro vezes ao dia. A mídia ocidental alegou que o satélite, que leva o nome do grande poeta, matemático e astrônomo persa Omar Khayyam, pode fornecer aos militares do Irã novas capacidades de vigilância.
Como potência espacial incipiente, Teerã já provou sua capacidade de se engajar na vigilância espacial das bases de seus inimigos. No ano passado, o satélite militar Noor-2 do Irã captou uma imagem panorâmica da sede da Quinta Frota dos Estados Unidos em Manama, Bahrein. Seu antecessor, o Noor-1, capturou imagens detalhadas da Base Aérea de Al-Udeid — a sede do Comando Central dos EUA em Doha, Catar, alguns meses depois que o chefe de operações espaciais dos EUA a ridicularizou como uma mera "webcam caindo no espaço".