Macron anunciou a decisão de fornecer à Ucrânia mísseis de longo alcance após a chegada à cúpula da OTAN em Vilnius, na Lituânia.
"Paris tomou a decisão de entregar mísseis de longo alcance [à Ucrânia], que lhe permitirão conduzir ataques a uma grande distância", disse ele.
"Decidi aumentar o fornecimento de armas e equipamentos para a Ucrânia, [para] permitir que eles conduzam ataques em profundidade. Entretanto, mantemos a nossa doutrina que visa permitir à Ucrânia defender o seu território. Decidimos fornecer novos mísseis que permitem atacar em profundidade", acrescentou Macron.
De acordo com o jornal francês Le Monde, trata-se de mísseis de cruzeiro SCALP já fornecidos pelo Reino Unido sob o nome de Storm Shadow.
Reposta do Kremlin
Por sua vez, o porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov, falando sobre os planos da França de entregar mísseis de longo alcance à Ucrânia, disse que esta é uma decisão errônea repleta de consequências para Kiev.
"É claro que ainda é preciso determinar e esclarecer de que raio de ação se trata. Esta, do nosso ponto de vista, é uma decisão errônea, que implica consequências para o lado ucraniano, porque, naturalmente, nos forçará a tomar contramedidas", disse Peskov aos jornalistas.
Ele ressaltou que isso não afetaria o andamento da operação militar especial.
"Reiteramos a abordagem de princípio relativamente a tais decisões: essas decisões não podem, não são capazes de afetar o curso dos acontecimentos no âmbito da operação militar especial. Elas [decisões] só podem tornar mais pesado o destino do regime de Kiev", acrescentou Peskov.