De acordo com a publicação, até fevereiro de 2022, os fabricantes americanos representavam cerca de metade dos gastos militares europeus.
"A crescente demanda tem intensificado essa tendência, à medida que os compradores se apressam a adquirir tanques, aeronaves de combate e outros sistemas de armas, efetuando contratos volumosos e plurianuais. A Europa pode estar se militarizando, mas são os EUA que estão colhendo os frutos", observa-se no artigo.
Menos de 6% do orçamento do Pentágono são destinados à OTAN e ao fortalecimento da segurança na Europa, destaca a publicação com referência a dados da revista Foreign Affairs.
De acordo com os autores do artigo, a aliança garante a influência dos EUA nos países europeus a "baixo custo", atrai a Europa para a dependência do poder militar americano, enquanto parcialmente a priva da soberania na tomada de decisões.
"Ao proibir a produção das capacidades existentes e incitar os aliados a aceitarem papéis de nicho, a OTAN impediu o surgimento de qualquer força europeia mesmo parcialmente autônoma, capaz de uma ação independente. A aliança, paradoxalmente, parece ter enfraquecido a capacidade dos aliados de se defenderem."
De acordo com os autores do artigo, a Europa segue o exemplo da OTAN na arena mundial. É assim que o jornal vê a posição da Alemanha sobre a região do Indo-Pacífico: Berlim acredita que a Europa é responsável pela região e afirma a importância de uma "ordem baseada em regras" no mar do Sul da China.