A capacidade do Departamento de Defesa dos EUA de se defender de ataques no espectro eletromagnético se atrofiou ao longo de décadas, deixando as tropas vulneráveis nos futuros campos de batalha de alta tecnologia, concluiu o chefe do Estado-Maior da Força Aérea do país norte-americano.
O general C.Q. Brown, apontado em maio pela administração Joe Biden para ser o próximo chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, disse na terça-feira (11) aos senadores que os militares "perderam um pouco da memória muscular" após lutarem durante anos contra forças menos equipadas, principalmente no Oriente Médio. Se confirmado, Brown substituiria o atual presidente do Estado-Maior Conjunto, o general Mark Milley, diz o portal Defense News.
"As operações de guerra eletromagnética são dinâmicas. As capacidades dos EUA, dos aliados, dos parceiros e dos adversários no espaço de manobra eletromagnético estão mudando constantemente, o que cria desafios perpétuos para que a capacidade certa chegue ao combatente certo, no momento certo, para que seja operacionalmente relevante contra a ameaça certa", escreveu Brown em respostas apresentadas ao Comitê de Serviços Armados do Senado, que realizou a audiência de nomeação em 11 de julho.
"Depende do adversário", continuou ele, "mas contra nossos adversários mais avançados, a Força Conjunta provavelmente enfrentaria desafios para se proteger de ataques eletromagnéticos".
Na opinião de Brown, "o maior obstáculo para fazer isso é uma mudança de mentalidade".
"Muitas vezes pensamos na guerra eletromagnética como um esforço de apoio para habilitar algum outro sistema de armas ou capacidade", disse ele.
"Na guerra moderna, a guerra eletromagnética pode ser o principal esforço para alcançar os efeitos estratégicos desejados, especialmente na fase pré-conflito, em que o ideal é impedir em primeiro lugar que a luta aconteça."