O período de 1º de janeiro a 30 de junho de 2023 foi o semestre mais letal para assassinatos em massa nos EUA, relatou na sexta-feira (13) a agência norte-americana Associated Press (AP).
Os assassinatos em massa são definidos como ocorrendo em um espaço de 24 horas, e nos quais quatro ou mais pessoas são mortas, sem incluir o próprio agressor.
Assim, o país sofreu um total de 140 vítimas em 28 assassinatos em massa, com todos menos um envolvendo armas de fogo. No mesmo período de 2022 ocorreram 27 tais incidentes.
O número de mortes causadas pela violência aumentou quase todas as semanas, segundo as estatísticas compiladas desde 2006 pela AP e o jornal norte-americano USA Today em parceria com a Universidade do Nordeste em Boston, EUA. O banco de dados registra um total de 561 assassinatos em massa, que resultaram em 2.914 mortes.
James Fox, professor de criminologia da Universidade do Noroeste, que supervisiona os registros há cerca de cinco anos, observa que costumavam ocorrer "entre duas e três dúzias de assassinatos em massa" a cada ano.
"O fato de haver 28 em meio ano é uma estatística chocante", comentou.
"Que marco horripilante", comentou Brent Leatherwood, cujos três filhos estavam em 27 de março nas aulas em uma escola cristã particular em Nashville, Tennessee, EUA, quando um ex-aluno matou três crianças e três adultos.
Ele continuou que "você nunca pensa que sua família pode fazer parte de uma estatística como essa".