Adornado com um alfinete de prata e uma espada, ele pode ter sido um soldado romano – mas grandes pregos perto de seu pescoço, costas e pés apresentam provas tentadoras de que ele foi subjugado antes da morte.
Este enterro e outros quatro, que datam de entre meados do século III e o final do século IV, foram descobertos pela Red River Archaeology, uma empresa baseada no Reino Unido, durante um projeto de melhoria de estradas perto da cidade costeira de Barry, no sul do País de Gales.
O homem, que se estima ter morrido com entre 21 e 25 anos de idade, foi colocado em uma sepultura cortada em rocha que pode ter sido revestida com tábuas de madeira, com base na descoberta de pregos no topo e no fundo da cova, de acordo com Mark Collard, diretor da Red River Archaeology.
Em um e-mail para Live Science, Collard observou que "a posição de bruços [virada para baixo] e pregos muito grandes na parte de trás do pescoço, ombro e entre os pés podem indicar amarras".
Ao contrário da interpretação de ser um indivíduo não pertencente à elite ou escravizado, porém, os ornamentos pessoais do homem – uma espada de ferro, botas com pregos e um broche de prata estilo besta – sugerem que ele pode ter sido um membro de elite do exército romano.
Evan Chapman, curador sênior de arqueologia em Amgueddfa Cymru – Museu de Gales, disse em um comunicado que "este é o primeiro exemplo de um broche de besta de prata romano a ser encontrado no País de Gales. A presença da espada apoiaria a conexão militar neste caso".
Broche de besta de prata romano de alto status, encontrado durante o projeto de estradas de Vale of Glamorgan, está entre achados do sul do País de Gales declarados como tesouro.
A análise direta dos ossos e dentes do homem revelou mais detalhes sobre sua vida. Por exemplo, ele sofria de mastoidite, uma infecção bacteriana do osso mastoide atrás da orelha, quando morreu. Este estado pode ser curado facilmente com antibióticos hoje, mas na época romana poderia ter sido uma sentença de morte.