Este é o primeiro objeto conhecido deste tipo. Entretanto, alguns cientistas planetários discordam dos resultados apresentados na conferência geoquímica de Goldschmidt. Os pesquisadores analisaram a composição química de uma rocha de 646 gramas encontrada há alguns anos no norte da África.
A aparência porosa, a textura de cristais e composição química apontam fortemente para o tipo de rochas que se formam a partir dos minerais produzidos por vulcões no fundo do oceano, na área de afundamento de uma placa tectônica sob outra.
A hipótese da origem terrestres da rocha também é confirmada pela composição isotópica do oxigênio e a presença de alguns elementos. Ao mesmo tempo, as concentrações de hélio-3, berílio-10, e néon-21 indicam o efeito da radiação cósmica, que não existe na Terra por ser bloqueada pela atmosfera.
Além disso, na superfície do objeto NWA 13188 foram descobertos vestígios de fusão, característicos dos meteoritos. Os pesquisadores concluíram que a rocha se formou na Terra, mas permaneceu por milhares de anos em órbita, entretanto não se sabe como um objeto da Terra poderia ter sido ejetado para o espaço.
Especialistas acreditam que isso pode ter acontecido devido a uma erupção vulcânica extremamente poderosa, ou devido ao impacto de outro meteorito ao colidir com a Terra.
Por sua vez, o cientista planetário Philippe Claeys disse em entrevista ao News Scientist que não ficou convencido com os resultados. "Quando você sugere hipóteses extraordinárias, você precisa de provas extraordinárias para comprovar".