Os EUA não planejam reabastecer seu estoque de munições de fragmentação para substituir as que foram entregues à Ucrânia, anunciou no domingo (16) Jake Sullivan, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca.
"Nosso plano atual não é reabastecer esse estoque, mas sim desenvolver a capacidade de produzir o projétil unitário, o [de] 155 [mm], o projétil de munição não de fragmentação. Iniciamos esse processo meses atrás, porque previmos a necessidade de continuar o fornecimento à Ucrânia, mas isso leva tempo", disse Sullivan em declarações à emissora norte-americana NBC News.
Na quinta-feira (13), o tenente-general Douglas Sims II, diretor de operações da equipe conjunta do Pentágono, disse em uma coletiva de imprensa que a Ucrânia havia recebido munições de fragmentação dos Estados Unidos, e também de outros países, seis dias após Washington revelar que as armas seriam incluídas em uma nova rodada de assistência militar.
Sergei Shoigu, ministro da Defesa da Rússia, alertou na terça-feira (11) que os militares russos seriam forçados a usar armas semelhantes, que estão em abundância em seus estoques, contra as Forças Armadas ucranianas, se os EUA as fornecerem a Kiev.
As munições de fragmentação são proibidas pela Convenção sobre Munições de Fragmentação, que foi ratificada por 123 países. Países como a China, Coreia do Sul, os EUA, a Índia, Israel, Paquistão, a Rússia e Ucrânia não assinaram a convenção.