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Lula deve fazer jogo duro com europeus por acordo 'equilibrado' entre UE e Mercosul

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva está na Bélgica, onde vai participar da cúpula que reúne os países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e da União Europeia (UE).
Sputnik
De acordo com o portal G1, Lula espera fechar ainda neste ano um "acordo equilibrado entre Mercosul e União Europeia".
O presidente brasileiro falou sobre o ponto que está em discussão para o acordo sair do papel, as compras governamentais.
Segundo Lula, as compras governamentais são um instrumento vital para articular investimentos em infraestrutura e sustentar a política industrial.
Vale ressaltar que o governo brasileiro é contra o trecho que trata de compras governamentais no texto do acordo negociado ao longo de mais de 20 anos, cuja versão final foi finalizada durante o governo de Jair Bolsonaro.
Anteriormente, Lula se reuniu com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, onde a líder europeia afirmou querer concluir o pacto o mais rápido possível.
Apesar de Lula querer fechar o acordo até o final de 2023, ele critica as exigências europeias, chegando a afirmar que os países do Mercosul não devem ser condenados ao eterno papel de exportadores de matérias-primas, minérios e petróleo.
Diplomatas das nações envolvidas estão negociando a declaração final da cúpula, que já teve oito versões diferentes e foi reduzido de 13 para três páginas.
A grande divergência é o fato de alguns países, como a França e Áustria, estarem contestando a menção ao acordo, por motivos comerciais e ambientais.
A cúpula, que acontece até terça-feira (18) em Bruxelas, reúne líderes dos 33 países da CELAC e os 25 da UE.
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