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'Soldado' dos EUA finge heroísmo no campo de batalha na Ucrânia para se tornar rico, diz mídia

Um veterano militar dos EUA, que reivindicou vitórias no campo de batalha como combatente na Ucrânia, ganhando fama através de entrevistas na mídia e postagens no Twitter, tem estado mentindo sobre suas façanhas para criar uma imagem falsa da qual ele poderia tirar proveito após o fim do conflito.
Sputnik
James Vasquez, que acumulou mais de 400 mil seguidores no Twitter e foi regularmente citado pela CNN e New York Times, alegou falsamente obter conquistas no campo de batalha, informou no domingo (16) Business Insider.
O portal, que citou alegações de outros quatro combatentes voluntários estrangeiros na Ucrânia, também confirmou através do Pentágono que Vasquez mentiu sobre sua história militar quando afirmou ter tido destacamentos de combate como sargento do Exército dos EUA no Iraque e no Kuwait. Revelou-se que ele serviu como reparador de sistemas elétricos na Reserva do Exército dos EUA.
As postagens na mídia social de Vasquez, supostamente sobre suas façanhas nas linhas da frente, muitas vezes se tornaram virais.
"Ele se gabou de capturar russos, eliminar tanques, foi regulamente entrevistado pela mídia e fez afirmações envolventes – incluindo que ele imaginou dando socos em Tucker Carlson quando se preparava para a batalha", escreve o portal.
Outros combatentes disseram à mídia que Vasquez se gabava que se tornaria milionário quando o conflito terminasse. Um voluntário afirmou: "James disse, e eu cito, 'eu nunca vou voltar a trabalhar como um faz-tudo. Provavelmente nunca vou ter que trabalhar de novo após esta guerra. Vou ser famoso'".
Entretanto, Vasquez criava suas afirmações indo para áreas onde as batalhas haviam recentemente ocorrido, filmando vídeos com equipamentos destruídos e reivindicando conquistas como suas próprias, dizem outros combatentes estrangeiros. Em um dos casos, ele alegou no Twitter que estava indo para Soledar, onde alegadamente estavam ocorrendo intensos combates, no entanto, as forças ucranianas haviam se retirado da área dias antes.
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As acusações contra Vasquez começaram aparentemente a surgir no início deste ano. Sarah Ashton-Cirillo, norte-americana que trabalha no departamento de mídia das Forças de Defesa Territorial da Ucrânia, disse em um post no Twitter em março que Vasquez não poderia ter ido em missões de combate legalmente porque ele não tinha um contrato com as Forças Armadas da Ucrânia.
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