Os laboratórios da Marinha dos Estados Unidos estão envolvidos na detecção de doenças de importância militar, documentos descobertos pelos militares russos durante uma operação especial evidenciaram isso, comunicou nesta terça-feira (17) o tenente-general Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas russas.
"É necessário notar que a unidade de guerra biológica da Marinha na Itália apoia os três comandos estratégicos dos EUA, o Central, Europeu e Africano, e sua principal tarefa é 'estudar, monitorar e detectar doenças de importância militar'", explicou Kirillov em uma coletiva.
Assim, o laboratório da Unidade de Pesquisa Médica Naval Três (NAMRU-3) da Itália está sediado desde 2019 na Base Aérea de Sigonella. A equipe do laboratório, que inclui entomologistas, microbiologistas e médicos de doenças infecciosas, faz pesquisas em focos naturais de infecções particularmente perigosas, como ebola, dengue e malária no território de Djibuti, Egito e Gana, disse Kirillov.
Os laboratórios da Marinha dos EUA também estão localizados no Camboja e no Peru, e nos próprios Estados Unidos. O objetivo era testar os medicamentos nas populações locais a serviço das grandes corporações farmacêuticas, que são os principais patrocinadores do Partido Democrata americano, continuou Kirillov.
O chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica chamou a atenção para um documento do Departamento de Defesa dos EUA marcado "para uso profissional", obtido durante as atividades operacionais nos territórios ucranianos liberados de 2015, e referente a um sistema de testes clínicos de medicamentos contra febres virais.
Ele advertiu que Washington poderia usar as instalações da empresa Oxiteс, financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates, para produzir em massa carrapatos e mosquitos. Os experimentos dos EUA com mosquitos em particular levam à formação de focos artificiais de infecções, acrescentou ele.
"Dada a natureza descontrolada da disseminação de vetores, países e regiões inteiros podem estar envolvidos", apontou.
O Departamento de Estado lançou uma campanha contra as acusações da Rússia de que os EUA estão violando a Convenção sobre as Armas Biológicas, apesar de tais publicações sobre o assunto terem aparecido nos jornais The Times, New York Post e em outros grandes veículos de imprensa.