As nebulosas planetárias de um determinado tipo parecem estar alinhadas da mesma forma, quase paralelas ao plano galáctico.
De acordo com o Science Alert, o fenômeno foi detectado, pela primeira vez, pelo astrônomo Bryan Rees, da Universidade de Manchester.
Contudo, recentemente uma equipe de investigadores, incluindo Rees e os astrofísicos Shuyu Tan e Quentin Parker, da Universidade de Hong Kong, acredita estar perto de revelar o motivo desse alinhamento, que estaria ligado ao ambiente magnético na região.
Colagem mostra 22 nebulosas planetárias alinhadas em um padrão espiral por ordem de tamanho físico aproximado
© Foto / ESA/Hubble and NASA, ESO, NOAO/AURA/NSF
A equipe analisou 136 nebulosas planetárias na protuberância galáctica da Via Láctea, a região de estrelas muito compactas localizada no centro da maioria das galáxias espirais, descobrindo que as nebulosas que apresentam este alinhamento são aquelas em que o binário se encontra em uma órbita consideravelmente pequena e apertada.
Os especialistas acreditam que estas pistas possam ajudar a desvendar a história da formação da galáxia.
Além disso, os especialistas sugerem que a explicação plausível para o acontecimento são os campos magnéticos, pois podem ter sido fortes o suficiente para manter os binários alinhados muito antes da formação das nebulosas planetárias.
"A formação de estrelas na protuberância da nossa galáxia é um processo complexo que envolve diversos fatores como a gravidade, turbulência e campos magnéticos. Até agora, faltavam evidências de qual desses mecanismos pode causar a ocorrência deste processo e esse alinhamento seja gerado", afirmou Albert Zijlstra, astrofísico da Universidade de Manchester.
As nebulosas planetárias são restos de estrelas como o nosso Sol que chegam ao fim da sua vida e ejetam o seu material exterior antes de o núcleo entrar em colapso e se transformar em resto estelar conhecido como anã branca.