O jornal espanhol, citando processos judiciais, alegou anteriormente que a mesma empresa, UC Global, S.L., tinha espionado o cofundador do WikiLeaks Julian Assange a pedido da CIA.
Em um artigo publicado nesta terça-feira (18), o El País escreveu que novas suspeitas foram levantadas depois que o juiz espanhol Santiago Pedraz ordenou outro exame de um laptop pertencente a David Morales, chefe da UC Global, S.L.
As autoridades espanholas iniciaram uma investigação sobre suas atividades em 2019, com a primeira divulgação de dados de seu MacBook lançando luz sobre suas supostas atividades de espionagem na embaixada equatoriana em Londres, durante os anos em que Assange estava escondido lá.
No entanto, de acordo com o jornal, descobriu-se que a polícia espanhola não conseguiu extrair todos os arquivos relevantes na primeira vez.
As novas evidências indicam que Morales e seus funcionários também monitoraram secretamente as reuniões do ex-presidente equatoriano Rafael Correa e mais outros quatro ex-chefes de Estado – Cristina Fernández de Kirchner de Argentina, Lula da Silva e Dilma Rousseff do Brasil e José Mujica, antigo líder uruguaio.
O governo equatoriano sob Correa teria contratado a UC Global, S.L. para fornecer segurança à sua missão diplomática na capital britânica. No entanto, a mídia alega que em vez disso a empresa espanhola espionou Assange e seus advogados, acrescentando que Morales passou a espionar Correa também, especialmente depois que ele deixou o cargo.