Acredita-se que os pingentes tenham entre 25.000 e 27.000 anos, tornando-se os mais antigos ornamentos pessoais conhecidos nas Américas e os únicos de osso de preguiça-gigante no registro arqueológico.
Novas pesquisas sugerem que os seres humanos viviam na América do Sul ao mesmo tempo que as preguiças-gigantes já extintas, reforçando as evidências de que as pessoas chegaram às Américas mais cedo do que se pensava.
Os três pingentes de osso de preguiça estavam entre milhares de osteodermas – placas ósseas embutidas na pele da preguiça semelhante às escamas de um tatu – encontradas no abrigo rochoso que pertencia a uma espécie extinta de preguiça-gigante conhecida como Glossotherium phoenesis.
A equipe de pesquisadores dos EUA, França e Brasil disse que suas análises mostram que esse trabalho foi feito entre dias e alguns anos depois que os animais morreram e antes que os materiais tenham fossilizado.
Enquanto isso, a abrasão natural e outras razões que poderiam explicar as formas e buracos também foram descartadas pelos pesquisadores.
Os ornamentos foram encontrados há cerca de 30 anos em um abrigo de rochas no centro do Brasil chamado Santa Elina. O novo estudo é o primeiro a analisá-los extensivamente e a descartar a possibilidade de que os seres humanos os tenham encontrado e esculpido milhares de anos após a morte dos animais.
Assim, o período sugerido antecipa em vários milhares de anos o tempo em que algumas teorias afirmavam que as primeiras pessoas chegaram às Américas depois que migraram da África e depois da Eurásia.