"Qual era o objetivo [da cúpula]? Usar o encontro com os latino-americanos para discutir não a saída da crise ucraniana, mas para impor o ponto de vista ocidental e forçar os latino-americanos a se submeterem a ele. O objetivo é apenas um, afastar, criar dificuldades na comunicação entre a Rússia e a América Latina, mostrar ainda mais seu ditame, suas capacidades no uso de métodos de força", disse ela em briefing.
De acordo com Zakharova, Moscou e países latino-americanos têm uma longa tradição de amizade, proximidade cultural e cooperação mutuamente benéfica, então "não foi possível e não será possível semear discórdia".
A diplomata citou a declaração do Ministério das Relações Exteriores da Nicarágua, observando que o país não assinou a declaração final da cúpula e acusou a UE de violar procedimentos democráticos.
Durante uma recente cúpula em Bruxelas da UE-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), Nicarágua, Cuba e Venezuela se mostraram as mais resistentes ao expressar sua oposição à condenação da Rússia por sua operação militar especial na Ucrânia.
Assim, na cúpula de dois dias, encerrada na terça-feira (18), altos funcionários da UE tentaram cortejar seus colegas latino-americanos e caribenhos, em meio a uma apresentação de música clássica e um jantar de gala.