Panorama internacional

Taiwan investiga vazamento de documentos e telegramas secretos que circulam na rede, revela mídia

O Escritório de Segurança Nacional de Taiwan está estudando "documentos governamentais suspeitos" que dizem respeito ao Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífico, escreve a Reuters.
Sputnik
Taiwan está investigando um possível vazamento de documentos oficiais, incluindo mensagens diplomáticas e relatórios confidenciais sobre a possível adesão da ilha a um acordo comercial global, segundo fontes citadas na sexta-feira (21) pela agência britânica Reuters.
Os documentos publicados on-line incluem uma suposta "avaliação de segurança" secreta feita em outubro de 2022 pelo Escritório de Segurança Nacional (NSB, na sigla em inglês), a principal agência de inteligência de Taiwan, relativamente à proposta da ilha para aderir ao Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífico (CPTPP, na sigla em inglês).
O próprio NSB confirmou que estava realizando uma investigação sobre "documentos governamentais suspeitos" publicados recentemente na Internet.
Eles incluem supostos telegramas diplomáticos das representações de Taiwan no Japão e no Vietnã sobre as candidaturas da China e de Taiwan à CPTPP, e outro relatório confidencial deste ano da representação de Taiwan em Washington, EUA, sobre suas negociações comerciais com o país norte-americano.
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Segundo uma das fontes, algumas partes dos documentos colocados on-line e analisados pela Reuters são reais, enquanto outras foram forjadas. A segunda fonte declarou que partes dos documentos pareciam ser "autênticas".
"Foi notado que documentos governamentais suspeitos circularam recentemente na Internet; os serviços relevantes estão investigando e lidando com a fonte de tais informações", disse o NSB em resposta a um pedido de comentário da Reuters.
O NSB disse que também estava investigando se a China estava envolvida no incidente.
Taiwan está tentando aderir ao CPTPP, um dos maiores acordos de comércio livre do mundo, que inclui a candidatura da China, além da Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã, e também do Reino Unido. No entanto, o território autogovernado, que é reclamado como território soberano pela China, não é reconhecido pela ONU, e somente 12 países do mundo o reconhecem.
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