EUA comissionam 1º navio de guerra da Marinha em porto estrangeiro, diz mídia

Neste sábado (22), a Marinha dos EUA recebeu pela primeira vez um navio estrangeiro que ingressou em serviço ativo no porto de Sydney, na Austrália, o USS Canberra. Os dois aliados têm intensificado seus laços militares na tentativa de conter a China no Indo-Pacífico.
Sputnik
De acordo com a Reuters, o navio de combate litoral da classe Independence — batizado em homenagem a um cruzador da Marinha Real Australiana que foi afundado enquanto apoiava os desembarques dos fuzileiros navais dos EUA em Guadalcanal em 1942 — foi comissionado em uma cerimônia em uma base naval australiana no porto de Sydney, juntando-se oficialmente à frota ativa da Marinha dos EUA.

"Os australianos podem se orgulhar de que este navio, projetado na Austrália Ocidental pela indústria local e nomeado em homenagem ao HMAS Canberra, esteja sendo comissionado aqui pela primeira vez na história da Marinha dos Estados Unidos", disse o ministro da Defesa australiano Richard Marles em um comunicado.

Ainda segundo o comunicado, o comissionamento do navio dos EUA em águas australianas reflete o "compromisso compartilhado de manter a ordem baseada em regras".
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A cerimônia ocorre em meio aos exercícios militares bienais Talisman Sabre entre os EUA e a Austrália — com participação de forças do Canadá, Fiji, França, Alemanha, Indonésia, Japão, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, República da Coreia, Tonga e Reino Unido em simulações de combate aéreo e terrestre durante duas semanas — vistos como uma demonstração de força e unidade para tentar fazer frente à influência da China no Indo-Pacífico.
Como parte dos jogos de guerra, a Força Terrestre de Autodefesa do Japão (JGSDF, na sigla em inglês) lançou neste sábado um míssil superfície-navio na costa leste da Austrália em Jervis Bay, cerca de 195 km ao sul de Sydney, para testar as capacidades australianas.
Segundo a Reuters, a Alemanha está participando pela primeira vez com 210 paraquedistas e fuzileiros navais, enquanto Berlim busca reforçar sua presença na região.
Sob o projeto anunciado em março, EUA e Reino Unido — que junto à Austrália integram a parceria trilateral AUKUS — concordaram em ajudar Sydney a adquirir uma frota de submarinos movidos a energia nuclear que deve começar com a venda de três submarinos da classe Virginia dos EUA ainda no início da década de 2030.
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