Operação militar especial russa

Ocidente acreditava que 'engenho' da Ucrânia compensaria a falta de armas para ofensiva, diz mídia

O Ocidente sabia que Kiev não tinha armas suficientes para uma contraofensiva bem-sucedida, mas esperava que a "coragem e o engenho" dos soldados ucranianos compensassem esse déficit. Só que essas esperanças não se concretizaram, informa o jornal The Wall Street Journal.
Sputnik
No final de junho, o Pentágono afirmou que tinha noção da dificuldade da contraofensiva ucraniana, mas acreditava que Kiev tinha as armas necessárias. No sábado (22), o presidente ucraniano Vladimir Zelensky afirmou que as questões relacionadas ao fornecimento das armas mais escassas às tropas ucranianas não tinham sido resolvidas.

"Quando a Ucrânia lançou sua grande contraofensiva nesta primavera [no Hemisfério Norte], as autoridades militares ocidentais sabiam que Kiev não tinha todo o treinamento ou armas que precisava, de projéteis a aviões de guerra, para desalojar as forças russas. Mas eles esperavam que a coragem e o engenho ucranianos pudessem levar a melhor. Só que não levaram", observa-se no artigo.

De acordo com o jornal, a ofensiva corre o risco de um impasse, ela vai custar à Ucrânia vidas e equipamentos, sem avanço significativo. A publicação também observa que na Europa não há reservas suficientes para fornecer a Kiev tudo o que é necessário.
Além disso, segundo diplomatas ocidentais, é improvável que os líderes europeus optem por um aumento significativo da ajuda à Ucrânia se sentirem falta de entusiasmo por parte dos EUA, que por sua vez se prepara para a eleição presidencial.
A ofensiva ucraniana nas linhas de operações a sul de Donetsk, de Zaporozhie e de Artyomovsk (Bakhmut, na denominação ucraniana) começou em 4 de junho.
Como disse o presidente russo, Vladimir Putin, em 27 de junho, Ucrânia perdeu 259 tanques e 780 veículos blindados desde o início da chamada contraofensiva, enquanto 41 tanques e 102 veículos blindados só na linha de Orekhovo e na linha de Zaporozhie na última semana.
Na terça-feira (11), o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, informou que, desde o início de sua contraofensiva, Kiev sofreu mais de 26 mil baixas em soldados ucranianos e perdeu mais de três mil peças de várias armas.
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