Panorama internacional

Maiores economias da União Europeia apresentam sinais de recessão, aponta mídia

Dados estudados pela agência norte-americana Bloomberg indicam contração na indústria e nos serviços na França e na Alemanha, as duas maiores economias do bloco europeu.
Sputnik
A Alemanha e a França iniciaram o terceiro trimestre com contrações em suas economias do setor privado, informou na segunda-feira (24) a agência norte-americana Bloomberg.
Assim, o Índice Flash de Gerentes de Compras da S&P Global para a Alemanha caiu para o nível mais baixo deste ano, de 48,3 em julho, sendo que níveis abaixo ou acima de 50 representam contração e crescimento, respetivamente. O desempenho negativo foi impulsionado pelo setor industrial, que está abaixo de 50 há mais de um ano e agora está perto dos níveis vistos pela última vez no início da pandemia em 2020. Enquanto isso, o crescimento dos serviços desacelerou pelo segundo mês.
Panorama internacional
Empresas alemãs não veem mais dias bons com a economia esmagada pela perda da energia russa
"Há uma probabilidade maior de que a economia entre em recessão no segundo semestre do ano", prevê Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.
"Nos últimos meses, vimos uma queda de cair o queixo tanto nos novos pedidos quanto nas pendências de trabalho, que agora estão diminuindo em suas taxas mais rápidas desde a onda inicial da COVID-19 no início de 2020. Isso não é um bom presságio para o resto do ano", disse.
A França teve um desempenho ainda pior, atingindo um valor de 46,6, o pior desde novembro de 2020. Na França, o setor de fabricação em particular, mas também o de serviços, sofreram novas contrações.
"Os dados sinalizam um arrefecimento perceptível da economia, mostrando a redução mais acentuada da atividade empresarial desde novembro de 2020, que precedeu uma contração do PIB" na França, lembrou Norman Liebke, economista do Hamburg Commercial Bank.
Os números para ambos os países foram piores do que o previsto por qualquer economista nas pesquisas da Bloomberg, segundo a agência, que não vê isso como um bom sinal para a economia da União Europeia.
Comentar