Esses dados mostram que a Ucrânia importa cada vez mais diesel da Hungria e da Turquia, e esses países usam petróleo russo em suas refinarias.
"O paradoxo da guerra é que os tanques ucranianos trabalham cada vez mais com petróleo proveniente da Rússia", observa-se no artigo.
Por exemplo, a empresa húngara de petróleo e gás MOL, que recebe quantidades significativas de petróleo da Rússia, dobrou as vendas de combustível para a Ucrânia nos últimos seis meses.
Ela tem uma vantagem competitiva sobre outras companhias petrolíferas europeias: tem permissão especial da União Europeia (UE) para continuar a fornecer petróleo russo às suas refinarias, lembra Handelsblatt.
Assim, a Ucrânia depende quase inteiramente das importações de combustíveis. No entanto, seu déficit no país é quase inexistente, embora os ataques russos não tenham passado sem causar danos no sistema de fornecimento de energia do país, observa o jornal.
Segundo os dados da publicação, há diesel suficiente no país, já que muitas empresas reduziram a produção no contexto do conflito armado. Segundo especialistas, o consumo de produtos petrolíferos pode ter reduzido em 40-50%, apesar das enormes necessidades do Exército ucraniano.
No início de julho, o ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto, anunciou que a Hungria está pedindo à UE para estender a isenção em mais um ano para a MOL, permitindo-lhe continuar o comércio de produtos petrolíferos obtidos de matérias-primas russas.