Conforme o chanceler explicou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem apenas postulando a "necessidade urgente de se falar na paz, e não só na guerra" e, segundo ele, esse objetivo vem sendo alcançado.
"Não somos candidatos à mediação. O que temos dito é que estamos dispostos a apoiar qualquer esforço de paz, e que a guerra na Ucrânia requer um esforço coletivo de vários países, não é tarefa para um país só", disse Vieira.
O diplomata observou que o objetivo do Brasil de falar sobre a paz na Ucrânia está sendo alcançado, citando como exemplo os esforços dos países africanos que enviaram uma delegação de alto nível a Kiev e Moscou, bem como as conversas do líder brasileiro com o papa Francisco no Vaticano.
"A evolução desse processo depende fundamentalmente dos países envolvidos, e da sua disposição em negociar, mas o avanço recente fez com que o debate global não esteja mais exclusivamente focado no conflito", acrescentou chanceler.
Por sua vez, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse, na cúpula entre a União Europeia (UE) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) na semana passada, que a comunidade mundial está se cansando do conflito na Ucrânia, ao mesmo tempo em que observa a importância dos esforços de todos os países para resolvê-lo.