O presidente americano, Joe Biden, devido à estratégia adotada pelos Estados Unidos de "não sair do curso", se mostrou dependente do resultado do conflito na Ucrânia, descrito por ele mesmo como uma batalha entre autoritarismo e democracia, aponta o jornal.
O ritmo lento da contraofensiva do Exército ucraniano enfraquece as esperanças para o fim dos combates deste ano e cria riscos de um conflito longo e indefinido, segundo oficiais americanos entrevistados pelo veículo de imprensa.
Um potencial impasse poderia ser um teste à estratégia declarada do presidente dos EUA de fornecer à Ucrânia apoio militar para iniciar negociações, onde Kiev falará de uma posição de força.
Se distanciar da Ucrânia e permitir pelo menos uma vitória parcial de Moscou, poderia se tornar "o fracasso mais marcante da política externa de Biden, que superaria a saída [das tropas] do Afeganistão", acredita o ex-embaixador americano na Ucrânia, John Herbst.
Por sua vez, o jornal relembra que dois potenciais concorrentes republicanos com as melhores chances de serem nomeados pelo partido – o ex-presidente Donald Trump e o governador da Flórida, Ron DeSantis – permitiram um declínio no apoio à Ucrânia.
Além disso, a publicação aponta que outro problema enfrentado pelos EUA é a falta de armas-chave. Isso levou à entrega de munições cluster para o Exército ucraniano.
Ao mesmo tempo, outro diplomata ocidental sugeriu que os Estados Unidos teriam que reconhecer a impossibilidade de acabar com o conflito no futuro próximo, e os parceiros de Kiev teriam que se preparar para um auxílio duradouro.
"A única resposta real é uma mobilização industrial que dará aos ucranianos, e aos russos, uma mensagem clara de que os ucranianos sempre terão muito do que precisam", enfatizou o diplomata.