A moeda fazia parte de uma economia judaica clandestina durante os quatro anos da rebelião, anunciou a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês) nesta terça-feira (25).
Ela foi cunhada com as palavras "Jerusalém Santa", usando o antigo alfabeto hebraico em vez do grego vernáculo da época, em uma referência desafiadora à sua identidade judaica e à decisão de cunhar as moedas de forma autônoma, explicou Yaniv David Levy, um estudioso numismático da Autoridade de Antiguidades de Israel.
A Grande Revolta foi a primeira de várias revoltas da população judaica da Judeia contra o Império Romano.
A decisão de autonomamente cunhar moedas durante o motim foi uma declaração política e uma expressão da identidade nacional, disse a IAA. Na época, a autoridade para cunhar moedas era mantida apenas pelo imperador romano, e quase sempre apresentava a imagem do imperador governante e animais.
As moedas cunhadas pelos rebeldes judeus têm uma representação de três romãs. O outro lado da moeda apresenta um cálice, semelhante ao que poderia ter sido usado pelos sacerdotes no Templo Sagrado, as palavras "meio shekel", e a letra Aleph, denotando o primeiro ano da revolta contra os romanos.