Depois que foi recentemente proposto pelo deputado russo Mikhail Sheremet (representante da República da Crimeia) se iniciou uma discussão sobre a possibilidade de a indústria militar russa usar os mísseis
"troféus" recentemente capturados na Ucrânia para produzir novas armas próprias.
No entanto, vários especialistas militares russos disseram à Sputnik que a indústria de defesa da Rússia não está mais atrasada em relação ao Ocidente e até produz armas muito melhores do que os projéteis obsoletos doados à Ucrânia.
"Temos inúmeros mísseis que são muito melhores do que os Storm Shadow, SCALP e Tomahawk", disse Viktor Litovkin, analista militar e coronel aposentado do Exército russo.
Ele observou que os Oniks têm sido muito usados para desarticular os sistemas de defesa costeira das cidades ucranianas de Odessa e Nikolaev.
"Devemos usar essas armas, esses mísseis que temos, que são muito mais eficazes do que os Storm Shadow que nós, a propósito, aprendemos a derrubar, assim como os Tomahawks e os SCALP."
Entretanto, o analista militar observou que "precisamos, sem dúvida, de examinar" os mísseis ocidentais para melhorar as defesas antiaéreas russas.
"Estamos estudando não apenas que tipo de míssil é, como é feito, que materiais são usados, que software, que explosivos são usados, como eles voam, em que camadas da atmosfera, e assim por diante. Muitas coisas", explicou Litovkin.
Aleksei Borzenko, jornalista militar, disse à Sputnik que "não faz sentido criar análogos".
"Primeiro, os mísseis que são fornecidos à Ucrânia são antigos. Estes são todos desenvolvimentos de 15 ou mesmo 30 anos atrás. No que se refere aos mísseis, nós ultrapassamos o Ocidente em muitas áreas. Por que devemos copiar o que foi feito há muito tempo e não mais nos surpreende?", indagou o jornalista.
Ele destacou que a Rússia desenvolveu vários tipos de mísseis hipersônicos e os colocou em serviço, enquanto os EUA e
países da OTAN ficaram muito para trás.