O especialista lembrou as palavras do comandante das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, que em dezembro passado pediu aos EUA "300 tanques, 550 veículos de transporte, 500 peças de artilharia e munição".
Zaluzhny disse na ocasião que a única coisa que faltava às forças ucranianas eram armas ocidentais e que, se as obtivesse, a Ucrânia "avançaria 84 quilômetros, chegaria a Melitopol e cortaria o corredor terrestre para a Crimeia".
Ritter observou que, exigindo armas, o comandante ucraniano prometeu forçar a Rússia a pedir a paz.
"Então, nós lhes demos armas, nós os treinamos e agora eles estão sendo mortos, eles não conseguem chegar à primeira linha de defesa, muito menos chegar a Melitopol", disse o ex-oficial de inteligência.
Segundo Ritter, o fracasso da contraofensiva e a incapacidade de alcançar qualquer sucesso na frente de batalha deve levar Kiev a reconsiderar seus planos.
"Por isso, a contraofensiva acabou. Os EUA dizem à Ucrânia: acabou, então agora vocês têm que mudar de posição", concluiu o especialista.
A ofensiva ucraniana nas direções a sul de Donetsk, Zaporozhie e Artyomovsk (Bakhmut, na denominação ucraniana) começou em 4 de junho.