Panorama internacional

Líder de Burkina Faso diz que cooperação com Rússia é prioridade e critica entrega de armas a Kiev

O presidente interino de Burkina Faso, o capitão Ibrahim Traoré, em entrevista à Sputnik, citou a cooperação militar com a Rússia como uma prioridade de seu país e elogiou o nível de interação.
Sputnik
O líder burquinense observou que a prioridade das relações militares com a Federação da Rússia deriva da situação em Burkina Faso, cujas autoridades estão lutando contra o terrorismo.

"Tudo está indo muito bem, porque a Rússia é um país que não recusa nada: o que quisermos comprar, a Rússia concorda em vender para nós [...]. Não há restrições, não são negadas licenças, e essas armas estão a um bom preço. Com outros países não é assim", disse Traoré.

Segundo ele, a Rússia também está pronta para fornecer armas gratuitamente para apoiar Ouagadougou na guerra.
Além disso, durante a entrevista, o líder de Burkina Faso destacou que o fornecimento descontrolado de armas ocidentais para a Ucrânia está tendo um impacto negativo na segurança regional na África.
O líder burquinense citou relatos da mídia de que Vladimir Zelensky havia demitido um grande número de altos funcionários devido à corrupção no fornecimento de equipamentos militares.

"Isso significa que esse equipamento não é controlado e acaba indo para o continente africano também, o que é um perigo", disse Traoré.

Assim, ele observou que os terroristas estão adquirindo armas em zonas de conflito, o que agrava a situação.

"Portanto, consideramos o fornecimento descontrolado dessas armas [para a Ucrânia] muito perigoso, pois essas armas caem nas mãos de inimigos que matam nosso povo", acrescentou.

Golpe militar: líder de Burkina Faso é deposto e Constituição é suspensa

Na noite de 30 de setembro, a mídia local informou que um grupo militar liderado pelo capitão Ibrahim Traoré anunciou a deposição do tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, chefe do governo interino do país, a suspensão da Constituição do país, a dissolução do governo e o fechamento de fronteiras.
Os militares, que reivindicaram sua fidelidade ao Movimento Patriótico de Salvaguarda e Restauração (MPSR), acusaram Damiba de se desviar dos ideais do movimento.
Ibrahim Traoré informou que os oficiais que lideram o golpe decidiram tirar Damiba do poder porque ele não conseguiu lidar com um levante armado de militantes islâmicos no país.
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