Segundo o especialista, o Exército ucraniano lançou sua contraofensiva usando unidades armadas e treinadas pela OTAN, o que, no final das contas, "não funcionou".
"Eles nem chegaram às primeiras linhas defensivas das tropas russas. Como resultado, eles combateram na zona cinza e sofreram pesadas baixas", disse ele.
De acordo com Mearsheimer, qualquer um que saiba alguma coisa sobre táticas militares e estratégia entende que Kiev não tinha chance de conseguir qualquer progresso significativo. Ao mesmo tempo, o Ocidente pressionava a Ucrânia para iniciar a contraofensiva, bem como tem ativamente fornecido armas.
Portanto, se pode questionar por que as forças ucranianas estão sendo empurradas para uma "ofensiva suicida que é totalmente contraproducente".
"Eu penso que o que acontece aqui é que o Ocidente tem muito medo de que o tempo esteja se esgotando, que, se os ucranianos não demonstrarem sucesso significativo no campo de batalha em 2023, o apoio público à guerra acabará e os ucranianos perderão – o Ocidente perderá", concluiu Mearsheimer.
A ofensiva ucraniana nas linhas de operações a sul de Donetsk, Zaporozhie e Artyomovsk (Bakhmut, na denominação ucraniana) começou em 4 de junho.