As fotos foram tiradas para verificar se os instrumentos científicos funcionavam corretamente, pelo que ainda não refletem todo o seu potencial, embora "indiquem que o telescópio espacial alcançará os objetivos científicos para os quais foi projetado e, possivelmente, muito mais", destacou a agência em um comunicado.
O Euclid, que foi lançado no espaço em 1º de julho da Estação de Força Espacial dos Estados Unidos, do Cabo Canaveral, no estado da Flórida, saiu com dois instrumentos a bordo: um gerador de imagens de luz visível (VIS, na sigla em inglês) e um espectrômetro de infravermelhos próximo.
O primeiro deve medir a forma precisa de "milhares de milhões de galáxias" e o segundo a distância a que se encontram.
"Ao combinar a informação de distância com a das formas das galáxias [...] poderemos cartografar como se distribuem as galáxias no Universo e como muda esta distribuição ao longo do tempo. Em última análise, este mapa 3D nos ensinará sobre matéria e energia escura", explicou a ESA.
Grande susto
Também revelou que, quando acenderam o primeiro instrumento, os cientistas levaram um grande susto já que as imagens estavam "contaminadas" por um padrão inesperado de luz. A investigação sobre a causa do problema indicou que "a luz solar se filtrava na nave, provavelmente através de um pequeno espaço".
"Ao girar o Euclid, a equipe percebeu que esta luz só se detectava em orientações específicas, pelo que, evitando certos ângulos, o VIS poderá cumprir sua missão", explicou.
As primeiras imagens de galáxias captadas pelo telescópio Euclid
© Foto / CC BY-SA 3.0 IGO / ESA / Euclid / Euclid Consortium / NASA
"Depois de mais de 11 anos de design e desenvolvimento do Euclid, é estimulante e extremamente emotivo ver estas primeiras imagens. É ainda mais incrível quando pensamos que aqui só vemos algumas galáxias, produzidas com um ajuste mínimo do sistema", disse o diretor do projeto, Giuseppe Racca.