Tais componentes são considerados muito "sensíveis" e muito "sofisticados" para serem entregues aos militares ucranianos. Os tanques podem "perder alguns de seus eletrônicos mais sofisticados antes de ver o combate na Ucrânia", informou a Newsweek nesta segunda-feira (31).
Os tanques dos EUA são considerados plataformas mais "complexas" do que outros blindados pesados ocidentais e operá-los exigiria treinamento adicional, disse a revista.
Para os ucranianos os receberem já neste outono europeu, o equipamento dos tanques pode ser reduzido para garantir que possam ser usados pelas forças de Kiev.
"Uma versão mais simples é mais adequada, dadas as restrições de tempo", disse Marina Miron, pesquisadora de pós-doutorado do Departamento de Estudos de Guerra do King’s College de Londres, à mídia.
Kiev deve receber o tanque M1A1 Abrams mais antigo, que tem eletrônicos menos avançados do que seu sucessor, o M1A2, observou a Newsweek.
A eletrônica do M1A2 oferece "algumas vantagens" ao artilheiro e ao comandante, acrescentou. No entanto, de acordo com Miron, isso também torna esses tanques mais difíceis de manter e operar no campo de batalha.
"Os sistemas são mais complexos e exigem mais treinamento e manutenção", disse ela, chamando o M1A1 de "melhor escolha" para a Ucrânia.
Na semana passada, o jornal Politico, com referência a fontes do setor de defesa, informou que as autoridades dos EUA planejam iniciar as entregas de tanques Abrams para Kiev em setembro, o primeiro lote incluirá de seis a oito tanques.
Originalmente, o Pentágono procurou enviar as versões M1A2 mais modernas para a Ucrânia, mas mudou seus planos em março e optou pelo M1A1 mais antigo. De acordo com relatos anteriores da mídia, a lista de tecnologias "sensíveis" que Kiev não poderá obter também inclui os sistemas de controle de fogo dos tanques. Os EUA temem que possam ser capturados pela Rússia.