Segundo comunica Peskov, a Rússia era e continua sendo uma fornecedora de confiança, cumprindo todas as suas obrigações e podendo ter feito muito mais sem sanções.
"É completamente o contrário, a Rússia sempre foi e permanece sendo, [mesmo] com os problemas conhecidos, uma fornecedora de confiança. Ela continuará sendo [de confiança], a Rússia cumpre todas as suas obrigações. E poderia fazer muito mais para atender à crescente demanda se não fossem as restrições das sanções que temos que enfrentar", disse Peskov.
A agência Reuters informou anteriormente que Borrell havia enviado uma carta aos países em desenvolvimento e ao G20 instando-os a tomar uma posição unificada sobre o acordo de grãos. Segundo ele, a Rússia oferece aos países em desenvolvimento grãos baratos, "para torná-los dependentes".
Falando sobre o BRICS, o porta-voz do presidente russo afirmou que a expansão do grupo fortalecerá a organização, entrando a cúpula em agosto com discussões sobre em que formato e escopo é possível atingir maiores proporções para o BRICS, que é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Além disso, ele destacou que a adesão de países ao BRICS, incluindo os Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita e a Argentina, é tema de discussão, e os líderes que forem discutir não devem se antecipar.
Ao mesmo tempo, Peskov observou que é improvável que a introdução de uma moeda comum do BRICS seja realizada ainda, mas isso não significa que o tópico não deva ser discutido.
"É dificilmente viável, mas isso não significa que não precise ser discutido. As discussões sobre isso, é claro, continuarão", disse Peskov aos jornalistas.
Em maio, o Kremlin, ao ser perguntado como a Rússia vê a possibilidade de expansão do BRICS, afirmou que: "Ao longo do ano passado, um número crescente de países tem mostrado grande interesse neste formato, e mais e mais países têm indicado sua intenção de se concentrar em conectividade, um tópico para discussão entre os membros deste formato, que será feito."