Segundo o ministro, "os anglo-saxões e seus aliados defenderam os nazistas em Kiev, silenciando ou mesmo justificando suas ações, que violam os direitos humanos e os direitos das minorias".
Além disso, o chanceler russo admitiu que os países ocidentais podem pedir ao presidente ucraniano Vladimir Zelensky que apresente a "fórmula" de como Kiev vê a situação do povo russo em seu país.
De acordo com o ministro russo, isso ajudaria muitos países preocupados do Sul Global a entender melhor o que está acontecendo ao construir seus posicionamentos.
Esses países, ressaltou Lavrov, estão interessados em entender a natureza da crise ucraniana e as perspectivas de uma saída, tendo o lado russo percebido esta vontade durante a cúpula Rússia-África em São Petersburgo.
O diplomata observou também que, "em vez de uma conversa séria baseada no reconhecimento da evolução das realidades 'no terreno' nos últimos dez anos, o Ocidente convoca fóruns encenados com o único propósito de atrair o maior número possível de países em alguma aparência de discussão da 'fórmula de Zelensky' que não exige muito nem pouco que a Rússia capitule completamente".
Ao mesmo tempo, o ministro das Relações Exteriores russo sublinhou que a Rússia aprecia todos os esforços para alcançar uma paz justa e sustentável na Ucrânia.
O chanceler russo destacou também que em nenhum conflito a paz pode ser alcançada a menos que os direitos das minorias nacionais sejam respeitados, o que é especialmente o caso da Ucrânia, onde o russo sempre foi a língua materna da maioria da população.
"Ninguém em Washington, Londres, Paris ou Bruxelas falou sobre a atitude em relação à posição repetida e ruidosamente declarada do regime de Kiev: 'Vamos tomar a Crimeia, Donbass e outras nossas terras' e 'destruir lá todos os russos'", enfatizou Lavrov.