O bloco regional não divulgará aos golpistas quando e onde atacará. Essa decisão será tomada pelos chefes de Estado, disse nesta sexta-feira (4) Abdel-Fatau Musah, comissário da CEDEAO para os Assuntos Políticos, Paz e Segurança, segundo a Reuters.
"Todos os elementos que entrarão em qualquer eventual intervenção foram elaborados aqui, incluindo os recursos necessários, como e quando vamos enviar a força", disse o comissário no encerramento de uma reunião de três dias na capital da Nigéria, Abuja.
Na quinta-feira (3), o corpo de 15 membros enviou uma delegação ao Níger em busca de uma "resolução amigável", mas uma fonte da comitiva disse que uma reunião no aeroporto com os representantes da junta não rendeu nenhum avanço.
"Queremos que a diplomacia funcione e queremos que esta mensagem seja claramente transmitida a eles de que estamos dando a eles todas as oportunidades para reverter o que fizeram", complementou Musah.
Também ontem (3), o novo líder militar do Níger, general Abdourahmane Tchiani, disse que a junta militar não cederá à pressão internacional para renunciar ao poder: "Os militares se recusam a ceder a qualquer ameaça, venha de onde vier", afirmou Tchiani conforme noticiado.