Panorama internacional

Taiwan encontra partes chinesas em alguns de seus veículos em meio às tensões com Pequim

O Ministério da Defesa Nacional do território autogovernado anunciou a descoberta de peças da China nos seus Storm 3, que deviam substituir veículos de modelos anteriores.
Sputnik
As Forças Armadas de Taiwan descobriram alguns componentes de fabricação da China instalados em seus veículos polivalentes leves Storm 3, informou na quarta-feira (2) o portal Defense Post.
Em 2009, Taipé contratou a taiwanesa Sanyang Motors e uma empresa israelense para adquirir mais de 3.500 veículos Storm 3, de forma a substituir os obsoletos jipes M151 e vários tipos de Humvee do país.
Algumas unidades militares reclamaram após a aquisição sobre os faróis dos veículos, que supostamente não atendiam aos padrões militares. Para modernizar os Storm 3, o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan concedeu em 2022 à taiwanesa Idano um contrato no valor de 200 milhões de dólares taiwaneses (R$ 30,97 milhões).
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A medida foi criticada pelos legisladores de Taipé, pois a empresa tinha um patrimônio líquido de apenas um milhão de dólares taiwaneses (R$ 154.838) e teve que produzir as peças dos veículos através de empresas subcontratadas.
As peças chinesas dos Storm 3 foram montadas pela Idano Co., sediada em Taipé, que havia sido contratada pelo Ministério da Defesa Nacional taiwanês para fornecer serviços de manutenção e reparo para os veículos.
A descoberta ocorreu quando os soldados reclamaram da má qualidade de alguns dos novos componentes instalados nos carros. Relatórios internos sobre o problema foram divulgados em maio, e o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan conduziu imediatamente uma investigação. Ele afirmou que o contrato de manutenção foi rescindido após o incidente.
O ministério ainda prometeu adquirir peças individualmente para seus veículos militares a partir de agora para evitar que tal ocorra novamente.
Pequim vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China, enquanto a ilha autogovernada não declarou formalmente a independência, mas afirma já o ser e, entretanto, mantém laços próximos com os EUA. Estes, por sua vez, expressaram nos últimos anos a vontade de "conter" a China e o seu desenvolvimento.
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